sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Reverência ao Destino

Bem, pessoas... Revirando a bagunça que ERA o meu quarto, já que fiz o favor de arrumar tudo em seus devidos lugares e descartar todas as 3 sacolas imensas de LIXO, tanto material quanto intelectual, acabei por achar uma folhinha antiga, amarelada, toda roída por traças, datada de 10 de Novembro de 2005, e que nela estava escrito o poema Reverência ao Destino, de origem duvidosa. Muitos alegam que esse texto é de Carlos Drummond de Andrade, porém pesquisas feitas pela poetisa Rosângela Aliberti, de Atibaia/SP, comprovam o contrário. Mas a origem duvidosa do texto não tira a beleza do mesmo:


"Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por atitudes e gestos o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.

Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demostrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.

Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer ” oi " ou ” como vai ? "
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo, como uma corrente elétrica, quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que se deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que somente uma vai te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho."

E para finalizar, um último dizer, esse sim de Carlos Drummond de Andrade:

"Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata."(Poesia "Eterno", Livro "Fazendeiro do Ar")

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Em resposta aos que perguntaram o porquê do meu sumiço.

Por questão de abstinência de notebook e internet não andei postando nesses últimos tempos. Não, não foi por isso: criei um blog apenas para "desabafar" quando necessário. Se eu precisasse ficar fazendo texto todo dia estaria pagando de jornalista em algum lugar, pois sou um péssimo escritor.


Tá, foram as duas coisas: passei o últimos dois meses jogando inspiração para os porcos e as galinhas, e queimando qualquer oração interessante com as labaredas de um maçarico. Porém agora estou sem inspiração e não irei escrever porra nenhuma.


Passar bem.