terça-feira, 30 de novembro de 2010

Empreendedorismo, a chave do sucesso?

Bem, leitores... Como a minha criatividade está em baixa e eu ultimamente só ando viajando à trabalho, para os lugares mais inóspitos possíveis, portanto mesmo com criatividade não teria como criar novos textos, pois nesses lugares nem papel e caneta tem, resolví postar um texto que me mandaram via e-mail. E essa vai para Ariane Lustosa, de Teresina-PI, uma grande (mas bem grande mesmo, no melhor sentido possível, totosa) amiga:


(Também ofereço pra mim mesmo, no sentido mais egocêntrico possível da palavra, pois essa texto espelha bem a minha personalidade)


"Há determinadas mensagens que, de tão interessante, não precisam nem sequer de comentários. Como esta que recebi recentemente.
Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais.
E assim por diante.
Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei.
Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro.
Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?
Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.

Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.


"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO""





Texto de Max Gehringer

sábado, 20 de novembro de 2010

Gostaria de explicar nessa postagem o porquê de ter postado o texto de José Barbosa Jr.. Eu não costumo acompanhar essas ondas de redes sociais como Orkut e Twitter: eu uso apenas para fins de comunicação, e não tenho conta no Twitter tampouco ando olhando os tweets do Brasil afora. Mas fiquei sabendo através de um amigo sobre esse caso, e fui pesquisar. Acabei chegando à essa resposta pública postada no site http://www.crerepensar.com.br/, e achei de muito bom gosto o texto do autor. Eu como ateu duvidava encontrar pessoas teístas de bom nível intelectual como José Barbosa pela internet, e meio que, num dizer bem nordestino, "queimei a minha língua".
Mas não só por ter gostado do post anterior, o que gostaria de comentar nesse texto, não seria bem algo sobre a xenofobia ou qualquer outro tipo de preconceito: o que eu quero colocar em pauta aqui é algo bem delicado, que é a situação constrangedora em que certas pessoas se colocam por querer expor seus preconceitos.
Todos temos preconceitos, de todos os níveis, de todas as formas. Não vou ser hipócrita e dizer que não sou nem um pingo preconceituoso, porque sou sim. Mostrei isso no primeiro parágrafo. Agora, a diferença de pessoas como eu e Barbosa Jr. e pessoas como Mayara Petruso, é que quando se trata de PREconceito, é bom ser bem cauteloso caso venha a tomar partido de algum modo. Não gostaria de puxar o assunto do texto para os preceitos legais: eu gosto de levar as coisas para a forma como as pessoas se contradizem. Na minha opinião, se contradizer é a pior coisa que tem para uma pessoa "estudada", quando se trata de uma discussão sobre qualquer assunto.
Dois tópicos me despertaram muito a atenção: o primeiro, de que Francisco Everardo Oliveira Silva, vulgo Tiririca, foi o deputado federal mais votado nas eleições de 2010, com cerca de um milhão e 300 mil votos. E, por ironia do destino, foi eleito por paulistas.
Não sei bem se Mayara votou no Tiririca ou não mas, já que ela tem essa visão tão limitada de população, uma visão "estadualizada", ela acaba por tomar partido não sei de quem condenando a origem do queridinho dos paulistas, um cearense "cabeça chata", do interior, ainda por cima (pra quem não sabe, Tiririca nasceu em Itapipoca, cidade do sertão do CE). Se os paulistas o colocaram no poder, Mayara não está do lado deles.
A segunda contradição é o fato de Mayara ser neta de baianos (seus avós maternos), e ser ex-namorada de um paraibano, cujo relacionamento se acabou justamente por causa desse seu posicionamento tão "neo-nazista". Aqui eu nem tenho muito o que comentar, pois os fatos por si só dizem tudo: ela foi "fodida" por um nordestino, por isso essa raiva toda da gente. (6)


Gostaria de encerrar dizendo mais uma coisa: todos temos preconceitos, agora quem os deixa atrapalhar seus julgamentos é um estúpido. Imaginem só essa garota sendo uma juíza: que julgamento imparcial ela poderia executar com seus "valores" interferindo diretamente em seu trabalho, que é julgar? Essa garota não é nem um pingo ingênua, como quis defender seu irmão em uma postagem em outro blog, que eu faço questão de NÃO postar pois o blog é meu e eu posto o que eu quiser (Brincadeirinha, mas garanto que é pura perda de tempo.); ela quis chamar a atenção, propositalmente, e infelizmente ela não é a única estúpida a pensar assim. Resta à nós, pessoas de bom senso, nordestinos ou não, barrar esse tipo de manifestação.


No mais, um grande abraço aos meu amigos paulistas, aqueles que sei que jamais concordariam com uma pessoa desse nível para ser sua porta-voz.


"Quem não tem o que falar, o silêncio vem bem a calhar."
"A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.
Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra... outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.
Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!".
Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos "amigos" Houaiss e Aurélio) do nosso país.
E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!
Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!
Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?
Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?
Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?
Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial  Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos... pasmem... PAULISTAS!!!
E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.
Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.
Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura...
Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner...
E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia...
Ah! Nordestinos...
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?
Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.
Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!
Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!
Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário... coisa da melhor qualidade!
Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso... mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!
Minha mensagem então é essa: - Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.
Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.
Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”

Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!"


Texto de José Barbosa Júnior, postado no site http://www.crerepensar.com.br/

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Eu andei pela vida afora procurando por respostas aos meus problemas. Andei, procurei... mas não achei o que procurava: soluções. Os mais sábios que encontrei nessa caminhada disseram-me para aceitar os problemas como eles são, pois para eles não existem solução. Eu não os escutei, e não aceitei, muito pelo contrário...
...inventei uma nova forma de viver, um novo “eu”: desenvolvi valores próprios, filosofia de vida própria, moral própria... Tudo o que um personagem precisaria para ser único, e perfeito, de modo que me fizesse esquecer a minha vida passada, cheia de transtornos, distúrbios. E descobri que isso deu certo por um bom tempo.
Porque não deu certo pelo resto da vida? Porque eu percebi que um personagem se encerra quando se encerra o espetáculo. E meu espetáculo acabou quando eu percebi que o meu personagem não tinha incorporado de vez em mim, que nunca tinha sido “eu”, e sim uma máscara que tinha inventado para mascarar os obstáculos da minha vida.
Porque a máscara caiu? Simplesmente porque eu pensei em tanta coisa para criar um personagem que, acabei por esquecer de pensar onde guardar o meu “antigo eu”, e ele acabou que acompanhando o tal personagem. Tipo aquela gravura clássica dos desenhos animados, em que tem um diabinho e um anjinho ao lado da cabeça do ator: a diferença, no meu caso, é que era apenas um rondando a minha cabeça. Nem diabo, Nem anjo, apenas meu eu verdadeiro. Enfim, eu não o matei, optei por esquecê-lo. Mas descobri que isso é impossível...
Eu percebi que tinha me preocupado tanto com os empecilhos, que tinha me preocupado tanto em resolvê-los sozinho, me preocupei tanto com a repercussão que eles teriam para as pessoas mais próximas de mim... que acabei esquecendo o quão boa era a minha vida, e que eu tive problemas a minha vida inteira, como qualquer um nesse mundo tem. A diferença é que eu nunca aceitei que para eles não tinham resposta. E o meu antigo eu passou todo esse tempo tentando me mostrar isso, que a vida não era só problemas, que eu tinha deixado muitas coisas boas para trás.
Enfim, resolvi escutá-lo. Viver com problemas deve ser bem mais simples que viver num conto de fadas, pois na vida você não cria, tudo já existe. Num conto de fadas, você vive criando, se iludindo, usando uma máscara. E contos de fadas não existem, no final das contas. E viver algo que não existe, é algo inconcebível.

Pois é, estou voltando...
A minha vida inteira tentei aprender o mínimo possível cometendo erros, e sim observando os dos outros. Ainda continuo vivendo dessa forma, mas infelizmente certos erros precisamos cometer, para conseguir ver que estamos equivocados. Não me arrependo de cometê-los, por mais difícil que seja aceitar estar errado. É com isso que se evolui: aceitando a imperfeição, aceitando a imprevisibilidade. Essa é a real graça da vida, por mais triste que às vezes chegue a ser.


Falando em tristeza, gostaria de dizer que também é difícil fazer a coisa certa, em algumas ocasiões. Quando ninguém além de você entende suas intenções, que apenas você veja a opção correta, enquanto todo o resto do mundo pensa o oposto. Em situações particulares em que só você conhece todos os detalhes, e que você prefere que seja dessa forma. E é nesse ponto que quero bater.


Evoluir não é para qualquer um: dizem que às vezes é preciso dar um passo para trás, para poder dar dois passos à frente. Eu discordo disso. Prefiro dizer que, para se evoluir, devemos sempre seguir em frente: os tais “passos para trás”, não existem, eles são apenas passos difíceis de se dar, com obstáculos no caminho, tomando como bom exemplo a tal pedra de Drummond.


Infelizmente quando "tropeçamos", esses obstáculos fazem feridas, e deixam cicatrizes. Algumas cicatrizes são ótimas como referência para você ver que ali evoluiu; já outras, são difíceis de curar, incomodam, pertubam quase que o tempo todo. E, na minha opinião, elas são ainda mais difíceis de cicatrizar quando fazemos a coisa certa.
Você comete um erro, percebe isso, e assume que aprendeu com ele. Quando você sofre fazendo a coisa certa, sabendo que está certo, pode passar um bom tempo achando que fez a coisa errada simplesmente por pressão do mundo externo. Essa indecisão é a pior ferida, porque quando uma decisão correta é difícil de ser tomada, você passa o tempo todo querendo procurar o caminho mais fácil, que geralmente não é o verdadeiro.


Concluindo, o que gostaria de mostrar sobre mim com esse texto é que, em primeiro lugar, não sou masoquista, odeio sofrer. E, em segundo, gostaria de dizer que por mais “besteiras” que tenha feito na minha vida, elas me foram muito úteis, e a minoria foi como aprendizado. Como eu disse anteriormente, fazer a coisa certa nem sempre é fácil, e nem sempre todos compreendem.