quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Fechando o ciclo. E o blog.

Assim como 23 de outubro ganhou um significado especial pra mim nesse ano, 24 de outubro já tinha um significado também especial pra mim desde 4 anos atrás. Não vou negar que em ambas as datas eu iniciei namoros, quem me conhece sabe que eu me ligo muito nesse tipo de números. Portanto os assuntos desse texto são: namoros, e a causa da criação do blog.
Como o próprio nome do blog já diz, eu estava meio em crise existencial quando criei o mesmo, e a melhor forma que achei de aliviar o stress foi escrevendo. Por aqui coloquei desabafos que vinham à tona nas piores horas do meu último ano, ou até mesmo textos que despertavam a minha revolta. Mas a pior parte da minha vida não foi bem o período de funcionamento do blog, muito pelo contrário... O blog foi justamente a válvula de escape que manteve minha sanidade.
O meu pesadelo começou mesmo no dia 29 de dezembro de 2008, quando eu tive de fazer uma bateria de exames que acusaram um problema de saúde relativamente grave. A partir daí fiquei meio desnorteado, sem saber o que fazer da vida e, infelizmente no mesmo dia, tive de tomar uma das decisões mais difíceis da minha vida: encarar tal problema envolvendo meus amigos e namorada, sendo que nenhum era médico e poderia realmente me ajudar ou encarar a barra sozinho, e poupar todo mundo do baque da notícia e me poupar da pena que os outros sentiriam de mim.
Sempre achei  que tomei a decisão correta, que foi a segunda citada no parágrafo anterior, e estou tendo essa certeza depois de quase 3 anos, porém algumas atitudes minhas foram meio idiotas, e como consequência acabei por machucar uma pessoa em especial. Obtive essa certeza com o decorrer do tempo, através de alguns momentos de fraqueza em que eu deixava escapar algo e tudo o que me sobrava era dor de cabeça. A pessoal em especial era a minha namorada, que é ex-namorada desde o dia seguinte ao dia dos exames, e que por sinal ainda hoje não fala comigo por questão de mágoas passadas. Eu assumo ter culpa no cartório, pois as atitudes mais idiotas que tomei naquela época tinham ela como alvo, apesar de ser com a boa intenção, ao meu ver, de afastá-la de mim e poupá-la de possíveis notícias ruins. Eu achava que com isso eu ia fazer ela me esquecer, e pelo visto conseguí: só não tive tempo de pensar em uma forma de esquecê-la.
A partir daí começou a “crise de êgo”: eu estava me desligando de todos que gostavam de mim, inclusive de uma das pessoas que eu mais gostava, pra encarar uma guerra pela minha saúde. Só que eu fui pra essa guerra com um exército de apenas um homem: EU. E confesso que sentí vontade de voltar atrás muitas vezes, mas infelizmente eu não tinha essa opção, não mais. Durante os 5 primeiros meses de tratamento eu estava dormindo com horários regrados, minha vida social foi por água abaixo, não bebía nem fumava, tomava remédios feito um velho de 80 anos e parecía que tinha a cabeça de vidro: não podía sentir uma dor de cabeça que achava que ia morrer. Imaginem o impacto de toda essa rotina em uma pessoa que tinha uma vida social super ativa, e que era um atleta de apenas 21 anos...
O termo que dá nome ao blog surgiu após um namoro relâmpago que tive em 2009, no qual eu ainda hoje não ví sentido algum, vendo pela parte que tinha terminado um namoro por estar doente, e agora estava engatando outro pra esquecer a ex-namorada. Como podem ver, a partir daqui eu começo a me contradizer em minhas ações, e eu ainda hoje não entendí como pude ser tão idiota, NOVAMENTE e dessa vez SEM RAZÃO, usando um amor de pessoa que felizmente hoje é uma das grandes amigas que eu tenho, apenas com a finalidade egoísta de esquecer meu sentimento de culpa pelas atitudes passadas. Enfim, acho que foi óbvio que esse outro namoro não deu muito certo, e eu continuei a cometer burrada atrás de burrada...
Só que, deixando um pouco as ex-namoradas de mão, tenho dois outros aspectos que posso colocar como sintomas da tal crise: a total irresponsabilidade que desenvolví nesse período, e a falta de respeito para com as pessoas ao meu redor. Mas, para deixar você, caro leitor, um pouco mais preso ao meu blog, gostaria de dizer que falei desses motivos em outro texto postado aqui. Coloco tais motivos como determinantes para a minha “crise” pelo fato de tais carcterísticas serem totalmente o oposto do que normalmente sou, mas pra chegar a tal ponto teve um fator determinante: o tratamento médico ao qual eu estava sendo submetido não estava surtindo efeito. O que posso dizer sobre esse período é que eu estava bêbado todos os finais de semana, atrasando contas, correndo riscos por deixar de tomar medicação por dias e misturá-las com álcool, vivendo cada dia como se fosse o último, ao pé da letra. Eu sinceramente acho tais atitudes um absurdo, mas sei que vai ter gente lendo isso e achar lindo! Enfim, cada um que faça o julgamento que achar melhor.
Enfim, como diz o ditado popular de um autor desconhecido, “Sempre há uma luz no fim do túnel”: em meados de 2010 refiz meus exames de rotina, até desanimado achando que mais uma vez ia dar tudo errado, mas meu problema de saúde estava sob controle, portanto eu estava fora de perigo. Só que aí apareceu um novo fator de “crise”: a dúvida entre tentar retomar o passado de onde tudo tinha parado, ou simplesmente seguir em frente. E foi bem aí que surgiu a ideia de criar o blog, pois nessa altura do campeonato minhas ideias bagunçaram de vez. Sinceramente, eu estava achando, até pegar nos exames e ver tudo “normal”, que eu não ia viver por muito tempo, e cachorro que é cachorro sempre se afasta de tudo e de todos antes de morrer... Acho que por isso estava curtindo a vida adoidado.
Durante o tempo em que estava postando no blog, eu permanecí com a dúvida do parágrafo acima, e esse período foi meio que de transição. E a partir de agora, irei à parte em que explico porque estou abandonando o blog. Relaxem que essa é a parte mais curta, pois é recente!
Eu não estou mais em crise. Óbvio, não? Mas a cura da crise tem uma causa, e essa causa tem nome, ou nomes:  Márcia Fernanda Arrais Rodrigues. E essa pessoa foi essencial na minha decisão por seguir em frente.
Enfim, gostaria de me despedir de você, que teve todo esse saco pra ler as minhas asneiras escritas no decorrer desse quase um ano, e deixar um grande “obrigado”, por ser meu ouvinte, seja oculto ou não. Eu realmente precisei desse blog, mas hoje em dia não preciso mais. Porém, ele continuará online, pois espero que eu sirva de exemplo para alguém, algum dia... Mesmo que eu sirva para ser um exemplo a NÃO ser seguido!

*10/11/2010 - + 26/10/2011

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